quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

HAITI - Lamento e revolta

Escrevi esse texto há dois dias.
Resolvi esperar para publicá-lo aqui. Ainda não tinha lido o suficiente sobre a história do Haiti; é provável que o Bid invista mais do que os citados 200 mil dólares (a Giselle Bündchen doou U$ 1,5 milhões). Nessas horas em que não se sabe qual é o negócio (do inglês, business) por trás da desgraça, nem qual é a desgraça por trás do negócio, mantenho o texto, assumindo que talvez não saiba de nada, mas que desconfio de muita coisa!

Falou, valeu!


É realmente lamentável que um povo já tão massacrado, historicamente excluído e roubado, sofra, além de tudo, as consequencias de um terremoto desses.
Não dá pra conter terremoto. Não sou geólogo, mas penso que trata-se de algo que não se possa evitar com políticas de preservação ambiental.Dificilmente pode-se estar preparado para terremotos: construção de prédios e casas preparadas para os tremores (não dá pra fazer isso no Haiti, saca?); treinamento intensivo com simulações orquestradas preparando a população para que saiba como agir (o Haiti não é o Japão!)
Lamentar é o que se deve fazer quando não se pôde fazer nada.

O que eu posso fazer, além de lamentar?

Cheguei em casa e naveguei procurando notícias, fotos, vídeos sobre o desastre. Achei esse da BBC no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=dTiT-EruQy0

Fiquei me perguntando: a BBC errou? O Bid prometeu 200 mil dólares em ajuda emergencial? É isso mesmo? U$ 200.000,00? Como diria o filósofo Sócrates: "Tá de sacanagem!"
Só pode estar errado. Não é possivel que, diante de uma catástrofe dessas proporções, o Banco Interamericano de Desenvolvimento tenha a coragem de disponibilizar essa mísera quantia.E pior, divulgar isso!
Deixo perguntas: (que já fogem um pouco, senão totalmente, da questão "terremotística")

Porque o Bid não investe no desenvolvimento do Haiti?
Porque os grandes governos do mundo investem mais em grandes bancos e montadoras do que em países "pobres"?

O que eu posso fazer, além de me revoltar?

Pense no Haiti, reze pelo Haiti!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

2010

É claro que tudo mundo sabe que 2009 já acabou.
O Grêmio vai perder pro Flamengo (alguém duvida?). Os primeiros jogos do Brasil na África do Sul (vai ter até Brasil X Portugal!! Viva o Vasco). As campanhas eleitorais bombando!
Falando nisso, eu gosto desse período eleitoral. Em nenhum outro fica tão clara a "neutralidade" na cobertura da grande mídia. Eu acho um barato. Divertido mesmo!
Não sou positivista, nem acredito assim tão cegamente nos métodos de mensuração de mídia, mas um pouquinho de análise do discurso ajuda a identificar, ou pelo menos arriscar palpites plausíveis sobre os critérios de seleção e produção da notícia.
Acabei de assistir o JN. Isso mesmo. Jornal Nacional - aquele da Globo, com Bonner e Fátima.
Foi engraçado.
Mostraram a Dilma dentro de uma vagão de trem (em Copenhagen, talvez). O assunto: uma controvérsia entre as opiniões dela e do Lula sobre o reconhecimento das eleições em Honduras. Em nenhum momento o telespectador foi informado do contexto. Não houve também uma justificativa para a abordagem do assunto - algo como um racha no governo sobre a questão; a declaração de alguém do cenário internacional acusando a postura brasileira na questão hondurenha; algo assim, sei lá...(.) Pareceu uma intenção clara de achar qualquer coisa que possa enfraquecer a imagem Lula/Dilma.
Depois de propagandas de carro - são sempre maioria - o tema foi GDF. Arruda. Aí eu pensei, será que vão falar do Roriz. Seria um sonho. Que bobo eu!
Nada. O divertido foi que acharam um dos caras do Arruda que é/era do PSDB. E o mais legal ainda: declarações da liderança tucana pagando de ética, defendendo afastamento, desligamento, pererê e parará... Uhmmm!!
Bem amigos, bola rolando!!

Antes que eu me esqueça: em 2010 só vai dar Timão!!

Aquele abraço!
Cesinha

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

sábado, 20 de dezembro de 2008

As Chicas no Teatro da Caixa

Vibrante, criativo, engraçado e energético.
Assim foi o show de As Chicas, no Teatro da Caixa (20/12 - 20:30h). São quatro cantoras, que além de serem afinadíssimas e de terem uma textura vocal muito coesa quando soam juntas, tocam de verdade (violões, cavaquinho, flauta, piano e muita percussão), e o melhor de tudo, se divertem no palco. Uma delícia de show! 
Completam o time: baixo e batera + cello e violino. 
Os arranjos são muito interessantes. Uma sonoridade marcadamente brasileira e um vocal limpo e forte. Saiba mais sobre As Chicas em www.chicas.com.br.
Último show do ano em 21/12, às 19h
Teatro da Caixa
R$ 20,00 inteira/ 10,00 meia
(61) 3206 6456
www.caixacultural.gov.br


sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Debate religioso em um almoço de 20 minutos

Como já disse que não sou especialista em nada, assumo a função do bobo (sei lá de que côrte). Do cara que passa ao lado da briga, vê tudo e depois sai por aí contando suas versões, dando entrevistas, falando e cantando seu ponto de vista, dizendo quem começou a luta, analisando motivos, tomando partido... coisas que qualquer bobo que se preze faz.
Pois bem, adoro discutir religião. 
Essa semana eu estava almoçando com um colega de trabalho. A conversa se iniciou, entre minhas garfadas cronometradas (tenho 20 minutos para almoçar),  com a pergunta do William: "Cesinha, vc acredita na bondade das pessoas?"  
Pronto. Foi o bastante pra reduzir meu índice garfadas/minuto e me chamar pra discussão.
A pergunta não era simples, não. Era, na verdade, uma que trazia outras.  Se acredito, de onde vem essa bondade? Se vem de Deus, porque ele não é mais generoso e concede um pouco mais de benevolência aos assassinos, estupradores, aos maridos que batem nas mulheres? (Pra citar apenas alguns dos titulares desse time). Se vem do próprio homem, então qual é a de Deus? Deus existe? Serve pra alguma coisa? Interfere ou apenas figura no (in)consciente como autor das coisas que a ciência ainda não explica? Deus é criador ou criatura? 
Lembrei do diálogo entre Frei Betto e o sociólogo italiano Domenico deMasi. 
Frei Betto acredita que Deus criou o homem num ato de infinito amor. Para de Masi, o homem criou Deus num ato de infinita esperança. Quando li, achei isso de uma beleza poética brilhante. O que cada um disse e, talvez o mais belo disso, o fato de expressarem suas opiniões tão conflitantes em clima de respeito.  Mais: de aceitação.  Talvez ainda mais: de complementaridade.
Voltando ao almoço. Começamos a conversar sobre a reencarnação como meio de aperfeiçoamento espiritual humano. Ele falou um pouco sobre isso. Eu disse a ele que tenho dificuldade de crer nisso e tentei, em 3 minutos, expressar que, na minha visão cristã, esse processo de aperfeiçoamento depende de um fator externo. E esse "fator externo" é a pessoa de Cristo. 
É lógico que eu não vou entrar nessa briga aqui. Eu sou o bobo. Lembra?
Só termino dizendo que acredito que as discussões sobre temas religiosos (o que inclui os arreligiosos) pode ser riquíssima se houver 1) respeito pelas opiniões e experiências do outro; 2) aceitação das diferenças de percepção e 3) complementaridade de aprendizagem (essa é mais difícil de explicar - talvez eu esteja sendo ecumênico ou até sincrético demais). Vou tentar explicar. Quando, como cristão, não me posiciono como quem quer vender sua crença, como um vendedor da Ricardo Eletro (eu não perco venda!), posso aprender com o outro. Talvez eu até ensine algo. Talvez.

Blz, William! Meu tempo acabou.
Falou, valeu!



terça-feira, 14 de outubro de 2008

Estou escrevendo minha monografia. O que tem me tomado grande parte do meu tempo. O cronológico e o psicológico também. (Existe tempo psicológico?). É que pensei em como esse projeto tem ocupado minha dedicação, atenção, concentração. Por isso, o psicológico do tempo. Blz?! 
Estou defendendo que a ação cultural é um caminho viável de atuação micropolítica relevante para o profissional de RP. Aliás, RP (Relações Públicas) é uma expressão que vc vai encontrar mais vezes por aqui. Me formo daqui a 2 meses, mas como percebi logo no 1º semestre, sou RP desde criancinha, desde "minino-pequeno". Quem me conhece a mais tempo, pode me perguntar: ué, se tem uma coisa que vc é desde moleque, é músico. Não? Sim. Também. O legal nisso é fazer conexões entre as possibilidades e habilidades que temos dentro de cada um de nós. A questão não é " uma coisa ou outra". São umas coisas e outras tantas. Que escolhemos, que nos escolhem, e que vão nos mudando até nos tornarmos quem realmente somos. Ficou quase filosófico isso.
Bem, esta é minha primeira postagem neste que é meu primeiro blog. Eu tinha que falar um pouco de mim. Eu acho.
Nos próximos posts eu tento escrever uns textos melhorzinhos. Sobre assuntos interessantes, atuais, pra justificar a ocupação do ciberespaço. (Quando eu tiver terminado a mono!)
Falou, valeu!!

Cesinha